Desenvolvimento Embrionário
**** DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ****
O desenvolvimento do embrião humano começa com a formação do zigoto, que após passar por muitas divisões celulares (mitoses), as clivagens, vai se fixar nas paredes do útero (nidação).
Ao longo do crescimento embrionário alguns genes são ativados e outros desativados. Dessa maneira surge a diferenciação celular, ou seja, tipos celulares com formatos e funções distintos, que organizam os diversos tecidos e posteriormente formarão os órgãos.
ETAPAS
➤ Ovulação: A ovulação corresponde à primeira etapa do desenvolvimento embrionário. Quando o ovário libera um óvulo para a tuba uterina, inicia o período fértil;➤ Fertilização: Se durante o período fértil, houver contato sexual e os espermatozoides encontrarem o óvulo, pode ser que um deles consiga fecundá-lo. Caso contrário, a mulher irá ter sua menstruação e recomeçará o ciclo menstrual até a nova ovulação;
➤ Clivagens do Zigoto: Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões (mitoses) e se encaminha para o útero;
➤ Nidação: Até chegar no estágio chamado blastocisto se a nidação for bem sucedida iniciará a gestação do embrião. Se não for bem sucedida, o blastocisto será eliminado na menstruação.
➤ Formação dos Anexos Embrionários: O embrião continua o seu desenvolvimento com a formação do cório, do âmnio, do alantoide e do saco vitelínico.
A formação do Zigoto
Ao entrar no canal vaginal, os espermatozoides conseguem fecundar (ou fundir) o ovócito secundário. Esse ato de fecundação é chamado de cariogamia, ou seja: a união dos gametas feminino e masculino.
Mas para que o surgimento do embrião aconteça, é necessário a fertilização do óvulo. Então, após o espermatozoide se fundir ao óvulo secundário, ocorre o processo de fertilização: a união do pronúcleo feminino com o pronúcleo masculino, que acontece na tuba uterina, próximo aos ovários.
Clivagem e Mórula
Já com o material genético dos dois gametas, o zigoto entra em processo de Clivagem (ou Segmentação), construído através da mitose, onde os citoplasmas do embrião são divididos em larga escala, formando pequenas células nucleadas e idênticas, chamadas blastômeros.
Ao final da Clivagem, ocorre a fase da Mórula: o primeiro estágio de embriogênese ou primeira fase relevante do desenvolvimento embrionário. Nesta etapa é formado um material maciço, com 12 a 32 blastômeros, contendo todo o DNA do indivíduo.
A Mórula acontece de três a quatro dias após a fecundação e é responsável por levar o embrião para o útero, dando início a fase da Blástula.
A Fase de Blástula
Aqui inicia-se uma mudança na estruturação das células. Os blastômeros começam a migrar para a periferia, dando origem a uma parede celular denominada blastoderme, formando uma cavidade interna chamada blastocele, dentro do material maciço formado na fase da Mórula.
A Blástula é considerada o segundo estágio de embriogênese, onde o embrião sofre o processo de Nidação, fixando-se de vez no útero.
Após a formação da blástula e do processo de nidação, o blastocele passa pelo processo de invaginação ou epibolia, formando uma nova cavidade denominada Arquêntero. Essa cavidade também é responsável por formar o tubo digestivo, dando início a fase da Gástrula.
GASTRULAÇÃO
Neste terceiro estágio a blástula se transformará na gástrula. Nesse caso, parte das células que estavam na periferia do blastocele expandem-se para a parte interior, formando um orifício chamado de blastóporo – e dentro do blastóporo existe uma outra estrutura, chamada de arquêntero.
Para a formação da blástula, é necessário que ocorram diversos movimentos celulares, que podem ser classificados da seguinte maneira:
Embolia ou invaginação: ocorre o dobramento de uma região da blástula para o interior do embrião.
Involução: uma camada de células se expande para o interior a partir do blastóporo. As células em expansão ficam aderidas às células da parede interna do embrião.
Ingressão: as células migram da superfície do embrião para a porção interna.
Delaminação: quando as células formam duas ou mais lâminas a partir de uma camada de células.
Epibolia: quando a expansão de células superficiais ocorre sobre outras camadas de células.
Importante destacar que os organismos podem ser classificados conforme o destino do blastóporo. Veja:
Protostômio: quando o blastóporo origina, no indivíduo adulto, primeiramente a boca.
Deuterostômio: quando o blastóporo origina, no indivíduo adulto, primeiramente o ânus.
Vale notar, pessoal, que, neste momento, as células começam a se diferenciar e formam os folhetos embrionários:
Ectoderme (externo): tecido nervoso e epitelial. Ex.: pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas, além do sistema nervoso.
Mesoderme(meio): tecidos conjuntivo, epitelial e muscular: Ex.: derme, sistema muscular, sistema esquelético, sistema cardiovascular e sistema urogenital.
Endoderme(interno): tecido epitelial. Ex.: revestimento interno do sistema digestório, glândulas salivares, fígado e pâncreas, sistema respiratório e revestimento da bexiga.
Importante: repare que o tecido epitelial se origina dos três folhetos embrionários,quando o animal tem os três folhetos embrionários, ele é chamado de triblástico. Quando tem apenas dois, ele é diblástico.
Nos animais triblásticos, pode haver a presença de uma cavidade, chamada de celoma. A partir daí, temos três classificações:
Celomado: a cavidade é revestida 100% pela mesoderme. Ex.: anelídeos e cordados.
Pseudocelomado: a cavidade existe, mas não é revestida inteiramente pela mesoderme. Ex.: nematelmintos. Acelomado: não possui cavidade. Ex.: platelmintos.
Neurulação (nêurula)
Nessa fase inicia-se a morfogênese, ou seja, o embrião começa a tomar a forma do bebê. Aqui os tecidos celulares da ectoderme, mesoderme e endoderme se fixam e originam a histogênese e organogênese, processos onde os tecidos celulares começam a formar órgãos, ossos e outras partes do corpo.
Na fase da Neurulação encontram-se:
Problemas na fase de Neurulação: doenças neurais
A fase de neurulação é de extrema importância, principalmente na formação do sistema nervoso do ser. Por isso, quando alguns dos processos, como a invaginação, não se completam nessa fase, pode causar à má formação dos órgãos.Algumas doenças como a anencefalia, encefalocele ou mielomeningocele, são exemplos do resultado dos erros nos processos no tubo neural.
A anencefalia, por exemplo, é causada pelo não fechamento do tubo neural. Quando isso acontece, o feto não desenvolve completamente os órgãos do encéfalo e a caixa craniana, que consequentemente ficam expostos ao líquido amniótico, agravando ainda mais os problemas do sistema nervoso do embrião.
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
O embrião desenvolve estruturas que estão anexas a ele. Esses anexos não fazem parte do embrião, mas auxiliam no seu desenvolvimento. Os principais são:
Organogênese
A partir dos folhetos embrionários serão formados todos os órgãos do embrião, no processo chamado organogênese. O folheto embrionário mais externo, chamado ectoderma, é que formará o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos.
Os primeiros órgãos que se formam são o encéfalo, a medula espinhal e a coluna vertebral. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação, quando a mulher ainda nem sabe que está grávida, há apenas suspeitas devido à falta da menstruação.
A camada intermediária, o mesoderma, origina a derme, os ossos e cartilagens, os músculos e os sistemas circulatório, excretor e reprodutor.
Enquanto que a camada mais interna, o endoderma dá origem aos órgãos do sistema digestivo, fígado, pâncreas, tubo digestivo e aos pulmões.
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